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Meet The Player - Heroic
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A equipa dos EGN Esports, após o WGR LPLOL Spring Split (de onde saíram vitoriosos), decidiram fazer uma modificação no seu roster. O Spring Cup tornou-se, assim, a estreia do midlaner Francisco "Heroic" Ribeiro na equipa, conseguindo manter o primeiro lugar da mesma. Tendo em conta os progressos e impacto em todas as equipas em que este jogador esteve presente, decidimos falar com ele e deixá-lo apresentar-se devidamente à comunidade. 

 

Quickfire

Nome: Francisco Ribeiro
Idade: 21
Champion : Sylas
Champion de outra lane: Pantheon
Equipa: G2 Esports
Jogador: Knight
Jogo (sem ser LoL): Path of Exile
TV Show: Berserk
Filme: Fight Club
Comida: McDonalds
O maior fã: Fragkioudakis

 

Como te sentiste a passar da equipa B dos EGN Esports para a equipa A?

A passagem da equipa B para a equipa A... Como não foi direta, não houve uma dualidade propriamente direta mal eu tenha entrado na equipa A. Quando eu entrei na equipa principal eu pensei naquilo que passei e senti com a equipa B e houve um duplo sentimento de, primeiro, dor, porque sinceramente até sinto falta deles e dos momentos que passamos. Mas o que veio depois dessa dor foi a realização que eu, finalmente, tinha ascendido para o meu main goal, que era chegar ao topo do League of Legends português. Tenho noção que só depois de me provar lá, como estou a tentar fazer, é que realmente esse goal vai estar definido. Por isso, em geral, os sentimentos foram positivos mas senti aquela nostalgia de quando estás na tua primeira team, o fato de termos ido a Espanha (foi a primeira vez que lá fui e foi com eles), foram boas experiências que tive. Sinto falta deles mas, em geral, isto é um passo em direção àquilo que quero chegar.

 

Que impacto teve a estadia nos GTZ no teu percurso?

Foi provavelmente o marco mais importante, diria talvez mais importante do que a estadia nos EGN B. Proporcionaram-me aquela elevação de patamar, finalmente, para aquilo que eu achava que eu merecia estar, porque eu acho que já estava nesse nível desde que entrei nos EGN B.  Também me proporcionou muitas melhorias em termos de skill, mentalidade, saber "comer" o que as pessoas dizem, lidar com dramas e as pessoas, saber trabalhar em equipa... Houve imensos benefícios que eu retirei de estar com eles mas, sem dúvida, a coisa mais importante foi a exposure e finalmente poder estar num patamar mais importante de League of Legends, apesar de nós não termos ganho assim tantos jogos. Eu acho que demonstrei que tinha bastante capacidade e que tinha desejos de vencer e melhorar. Foi com isso que eu consegui ganhar a possibilidade de fazer trys para os EGN.

 

Como encaras os jogos contra os teus ex-teammates?

Eu assumo que seja só relevante falar aqui dos GTZ, porque também joguei contra os EGN B na Spring Cup. Esta custou-me um bocado mais do que eu pensei que iria custar só porque... Eu não quero ser rude mas algumas pessoas lá morreram mais do que deviam e matá-las várias vezes foi um bocado incômodo para mim. Mas, de resto, lidei bem com a situação porque quando estou a jogar não estou muito a ver nomes sinceramente. A única coisa que sinto em relação aos nomes é a pressão- quando vejo uma pessoa, que eu sei que é bom jogador, e que tenho de me provar contra ela, não para os outros mas principalmente para mim, eu sinto um nervosismo em mim e jogo com nervos. Para além disso, não sou muito de ter piedade ou de pensar em amigos em jogo, eu jogo League para vencer, eu jogo a minha vida para vencer. Eu não penso muito nisso mas, no que toca aos GTZ, há um bocado de história porque sei que eles têm ressentimentos no que toca à forma de como saí da equipa. Acho que não há razão para isso, não é fundamentado, e eu aprecio muito o que eles fizeram por mim, como disse na entrevista da segunda jornada. Sinceramente, eu vejo isto como sendo um stage - vou passando de stage em stage como se isto fosse um jogo, até chegar ao último e mostrar que realmente sou o melhor de lá.

 

Consegues sentir grande diferença entre jogar com o Reativo e com o Kaiba na jungle?

Eles no fundo têm playstyles relativamente parecidos. Eles tendem a ser agressivos, tendem a pressionar outros junglers, roubar, invadir, tentam castigar sempre que uma pessoa está fora de posição ou está tirar um buff que não devia estar, nesses aspetos eles são parecidos. No entanto, há umas quantas diferenças nas quais o Reativo requer mais adaptação para - ele é mais agressivo, é necessária mais comunicação. Isto, claramente, dá mais resultados também. No que toca à personalidade, têm os dois personalidades fortes, que se tornam difíceis de lidar, mas depois de se habituar são bons jogadores. Sinceramente, eu tenho preferido jogar 10 vezes mais com o Reativo do que com o Kaiba.

 

Qual é a sensação de ocupar o lugar do Blizz?

Não estou a preencher nada, estou a substituir. Eu não estou aqui para ocupar lugares de pessoas que foram embora, estou aqui para tirá-las do lugar delas e mostrar que sou melhor que elas. Não estou a preencher lugar nenhum, estou a provar que sou melhor que ele.

 

Explica como consegues trazer o Twisted Fate para o competitivo português.

O Twisted Fate requer uma adaptação da equipa em geral mas, quando essa adaptação é feita, eu acho que o esforço posto compensa completamente. Eu trouxe-o antes de ele começar a ser meta, já sabia que ia entrar na meta mas, mesmo que não tivesse entrado, ia continuar a jogar com ele. Acho que o champion é nearly unpunishable na lane, em termos realisticos. Em soloq pode ser, mas em termos competitivos é quase unpunishable, o que significa que pode ser blendable, encaixa em quase todos os tipos de comps. Poke comp deve ser a que encaixa menos mas skirmish comp, uma dive comp, qualquer tipo de comp, o TF adapta-se bem desde que a equipa saiba jogar à volta do kit que ele trás. O TF foi um champion que, depois de alguns treinos, a equipa ajustou-se bastante rápido. Eles são jogadores de extremamente elevado calibre e, por isso, não houve muito problema na adaptação. No que toca à lane, o meu TF é um bocado diferente do resto. Eu não jogo a dar a lane- se vir um erro eu vou tentar dar punish, eu vou impor-me. Acho que o TF consegue ser mais agressivo do que as pessoas pensam, por isso eu levo Electrocute sempre. Acho o champion muito estiloso, sempre o adorei e já fui Top 20 do mundo, por isso tenho tendência a jogar bem com ele.

 

Como é ter a maior fanbase de Portugal?

Sinceramente, ter uma fanbase tão boa e que me apoia tanto, sempre de bom humor e pessoas de bom caráter... gosto imenso das pessoas, gosto muito de rever os jogos, mesmo com as críticas que tenho no final, gosto de ver o chat e ver pessoas que eu conheço, a saber que foram lá de propósito para me apoiar... Acho extremamente importante e deixa-me mesmo feliz saber que as pessoas não só reconhecem o meu talento como reconhecem a minha personalidade. Acho incrível.

 

Alguns agradecimentos que queiras fazer?

Eu queria agradecer a toda a gente que me tem apoiado até agora, às pessoas que estão comigo diariamente no Discord, às pessoas que não estão e se tornaram meus fãs, às pessoas que ficaram fãs do Open Split, e às pessoas que o vão ser ainda - eu quero agradecer a todos vocês. Eu, sinceramente, não consigo explicar o quanto eu agradeço isso, mesmo as pessoas que vão lá e deixam críticas- eu aprecio tudo. Queria agradecer também aos EGN, não só pela oportunidade que me estão a dar agora mas como a que me deram no início, quando eu era só um soloqer. Especificamente, quero agradecer ao Mantorras que me foi buscar, no que toca a esse aspeto. Também quero agradecer ao Peteros, que tem supervisionado todo o meu crescimento e tem dito aquilo que eu posso ou não fazer e apoiado. Ao Chay, que, sinceramente, tem sido desde o início, desde que eu estive nos EGN B, até uma figura quase paternal pelo o tempo que passamos juntos. Ele ajudou-me a ir aos eventos, ajudou-me a aguentar as situações difíceis que se passaram nestes tempos nos EGN e tem se esforçado imenso para me apoiar e ajudar naquilo que eu preciso. Também queria agradecer ao Mahisto, e este agradecimento é mesmo profundo, porque ele foi a pessoa que se pôs à frente para determinar que eu realmente era uma boa adição nova aos EGN e tinha potencial, não só bom midlaner, mas o melhor midlaner de Portugal e até mais. Eu vou provar isso, garanto que eu não sou uma pessoa só de palavras- eu falo muito mas faço sempre. Eu não só vou comprovar que sou o melhor de Portugal como me vou tornar o melhor da Europa, e vou dar ao Chay aquilo que eu lhe disse há 1 ano atrás, que era a LPLOL, apesar de que agora não tem tanta potência como tinha antes porque ele já ganhou. Também queria parar um bocado e agradecer aos GTZ - ao Ryu, ao Cajó, a toda a gente que me apoiou, o Korts, até ao Kaiba... (beijinhos a ti, meu amor Obstinatus). Queria agradecer a vocês todos por me terem ensinado como se jogava a side lane, as wards, como jogar em equipa, introduzir-me à scene e terem calma comigo.

Já agora queria agradecer especificamente a uma pessoa que constantemente faz esforços fora do comum, fora daquilo das pessoas que já mencionei, que merece uma menção especial que é o Frag. Queria muito agradecer ao Frag porque, sinceramente, tem sido uma pessoa que, não só no League, como em toda a minha vida, me tem apoiado em todos os aspetos, independentemente das circunstâncias, eu queria muito agradecer muito a ele especificamente.

Queria agradecer a toda a gente. No fundo do meu coração, eu aprecio toda a gente que pôs algum tipo de esforço na minha jornada e vai continuar a fazê-lo.

 

E, da nossa parte, só resta agradecer a disponibilidade do jogador e da equipa dos EGN Esports para esta entrevista.
O próximo jogo de Heroic será amanhã, dia 15 de junho, às 21h contra os Karma Clan! Podes assistir à partida aqui.


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