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Duro percurso com um final feliz
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No passado fim de semana decorreram os tão aguardados placements, onde pela última vez duas equipas iriam ter a oportunidade de ainda conseguir ter o acesso à 1ª liga diretamente, sem terem de jogar um split inicialmente na segunda divisão. Uma das equipas que muito batalhou e suou foram os Sharks Esports, que após três dias de jogos conseguiram marcar o seu lugar na primeira divisão do 1º split desta Moche LPLOL 2018. Fomos conversar com o Hugo "Sacred" António face a toda esta experiência.

Olá Sacred. Os Sharks acabaram por ter um percurso difícil nestes placements, especialmente sendo umas das equipas favoritas para subir à 1ª divisão. O que aconteceu?
A meta atual requer uma interação muito grande por parte das equipas, algo que com o tempo de existência da nossa, por vezes ainda é algo que nos falha e creio que é completamente normal. Fico feliz por este percalço ter acontecido, pois permitiu-nos de imediato identificar e corrigir grande parte dos erros que cometíamos.

Como te sentes ao saber que farás novamente parte da 1ª divisão da Moche LPLOL, visto que agora poderá dar-vos a chance de participar na liga European Cup?
Fico muito feliz, pois sinto que tenho muito para mostrar e penso estar melhor do que nunca na minha role.

Até ao início deste ano, sempre jogaste pela Doxa Gaming na Moche LPLOL, e por isso, acabaste por não disputar muitos qualificadores de acesso, já que tinham o vosso lugar sempre garantido, ao contrário da maioria do resto da tua equipa, que jogou o mesmo por outras equipas em splits anteriores. Como foi para ti ter que jogar qualificadores e placements novamente?
Foi completamente normal, já passei por situações bem mais complicadas e tinha 100% de certezas que pela loser’s bracket íamos certamente dar a volta por cima e conseguir carimbar o nosso lugar na primeira divisão.

Fotografia 1: Sacred e a sua antiga equipa, Doxa Gaming na Grande Final

Como avalias a vossa prestação neste fim de semana?
Eu sinto que começou algo tremida, não por desrespeitarmos demasiado o adversário, mas sim por estarmos a fazer exatamente o oposto do que falámos. A equipa tem ainda pouco tempo junta, logo confia-se pouco nas jogadas que cada um executa e acabamos por “deixar as coisas andar” em vez de tentarmos impor o nosso ritmo.

No primeiro jogo deste fim de semana, defrontaram o Estoril Praia Esports. O que achas que correu menos bem nesse jogo, para eles terem conquistado a vitória, mesmo sendo vocês os favoritos para o público?
A equipa estava ainda muito pouco proativa e coesa em relação a impor um ritmo de jogo, coisa que o Estoril fez e fez bem.

Com que mentalidade foram para os jogos de sábado da loser’s bracket?
Sabíamos exatamente todos os erros que cometemos no jogo que jogámos anteriormente, logo bastou dar um reset e discutir o que correu mal em relação ao nosso draft.

Na Loser’s Bracket, ganharam a todas as equipas que defrontaram, mostrando que eram de facto superiores e no final conquistaram o tão desejado acesso à primeira divisão. Num geral, o que achas que vos falta enquanto equipa?
Eu acho que nos falta muito treino e confiança em cada um individualmente para fazer o seu melhor e dar o seu melhor para cada jogo.

Muitos destes jogos foram jogados na bot lane pelo Sun, enquanto que outros foste tu que jogaste. Qual achas que foi o critério usado para decidirem quem jogava em que jogo destes placements?
A tão desejada pergunta de muitos [risos] infelizmente acho que é uma questão que não me diz respeito responder, mas sim ao meu treinador se ele assim o decidir. Eu e o Sun temos uma ótima relação e sabemos que enquanto profissionais estas decisões não nos cabem a nós, mas sim a quem está acima e respeitamos as mesmas e damos o nosso melhor.

No último jogo da loser’s bracket, tiveram que novamente defrontar o Estoril, a equipa que então vos tinha derrotado no início dos placements. Quais eram os vossos maiores receios e qual foi a vossa estratégia?
Acho que os nossos receios rapidamente se dissiparam no primeiro jogo quando a equipa do Estoril Praia decide alterar por completo a forma de draft que anteriormente tinham executado, dando-nos espaço para não só ter uma comp que lhes desse out scale, bem como ter picks bastante confortáveis. No segundo jogo, eles escolheram fazer um draft semelhante ao do jogo em que nos tinham derrotado, mas sabíamos exatamente tudo o que precisávamos de fazer para levar a melhor e assim foi.

Fotografia 2: Sacred na jornada inaugural do ano passado em Picoas

Quais são para ti as grandes diferenças que encontras entre os Sharks e a tua anterior equipa?
Pergunta difícil [risos]. Claro que a nível individual os jogadores da minha antiga equipa, que se apresentaram nos playoffs, era bastante mais alto, mas para mim a jogar em equipa acho que os Sharks têm muito mais potencial de chegar longe com muito treino.

Em alguns dos jogos destes placements tiveste a oportunidade de jogar contra o teu irmão na bot lane [ad carry dos Hexagone]. Têm muita competitividade um para com o outro? Ficaste triste pelo mesmo não conseguir o tão desejado acesso à 1ª divisão? Já alguma vez tentaram jogar bot lane em alguma equipa anterior?
Nem por isso. Ele já tinha noção de que iria ser muito complicado o acesso com os Sharks e os Grow Up na mesma corrida. Acho que já tentámos, mas já foi há muito tempo atrás em que a bot lane era ainda algo muito primitivo [risos]

Na 1ª jornada ao vivo em Penafiel, vão defrontar então os K1ck Esports Club, a equipa sempre campeã nestes 3 anos de Moche LPLOL. O que esperas para este jogo?
Um jogo bastante difícil, mas sempre com vontade de dar o nosso melhor e tentar sair com uma vitória. Sei que se dermos tudo o que temos para dar, e não conseguirmos alcançar a vitória, seremos capazes de identificar automaticamente os nossos erros e dar outro salto grande na nossa grande caminhada.

Se tivesses que, para já, fazer uma classificação provisória para esta 1ª divisão que se avizinha, qual seria a tua aposta?
É muito difícil fazer uma classificação provisória porque há equipas cheias de potencial e com demasiadas incógnitas. Mas como sou obrigado a fazê-lo aqui vai por ordem de classificação: Sharks Esports, For The Win, Grow Up Esports, K1ck Esports Club, Doxa Gaming, XD, Electronik Generation e Why Esports.

O que podemos esperar do Sacred para estes próximos meses?
Um Sacred bastante competitivo com vontade de dar o seu máximo e mostrar que é o melhor na sua role, não só a nível nacional bem como a nível europeu.

Alguma mensagem final que gostasses de deixar?
Que todos os fãs da liga e equipas fizessem mais por ambas; demonstrassem interesse de acompanhar os seus jogadores favoritos e nos apoiassem mais neste que é um ramo já complicado por si só de se ser excelente e de se destacar, em vez de desmoralizar o trabalho de muitos. Obrigado.

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