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Corrida de obstáculos para alcançar o trono!
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Após um longo caminho, 4 das equipas que nos fizeram companhia todos os fins de semana desde setembro conseguiram alcançar o objetivo: participar nos Playoffs do 2º Split da Liga Portuguesa de League of Legends! Seria sem dúvida um domingo repleto de ação onde tudo poderia acontecer!

Os Doxa Gaming Prime, que participaram pela primeira vez na LPLOL, conseguiram chegar aos Playoffs e tendo em conta que nos mostraram que são uma equipa capaz de evoluir e que aprende rápido com o adversário, o mais certo seria pelo menos fazerem uma partida renhida contra a For The Win eSports Club. A equipa FTW por sua vez iria ter um verdadeiro teste de resistência ao seu desempenho, pois uma vez que se qualificou em 3º no Split teria de derrotar duas equipas (se tudo corresse a seu favor) antes subir ao palco para se encontrar com os vencedores do 1º Split: os K1ck eSports Club.
Os Team Alientech também teriam as suas “maldições” para quebrar, uma vez que acabaram sempre classificados em 3º lugar nos eventos offline da LPLOL.
Por fim, os K1ck com a saída do Xico teriam de reajustar as suas estratégias e plantel para manterem o, até aqui, intocável registo sem uma única derrota, e claro conseguirem novamente o 1º lugar. No entanto, só saberíamos quem iria jogar no lugar do Xico momentos antes do início da final do Split e até lá teríamos muitos jogos para assistir e viver a emoção que estas equipas nos trazem de cada vez que entram no Summoner’s Rift.

For The Win eSports Club VS Doxa Gaming Prime

O evento da LPLOL começou com a série Bo3 entre a FTW e os Doxa, em que o vencedor iria defrontar os Alientech, que se qualificaram em 2º no Split.
A primeira partida começou com a já conhecida agressividade da FTW, com os jogadores a pressionarem em todas as lanes com o auxílio do Henrique “Kyuuga” Martins, o que fez os Doxa jogarem de forma muito defensiva.
Apesar de jogarem com mais cuidado, os Doxa tentaram conseguir algum objetivo, sempre que sabiam que a costa estava livre, para ganharem alguma vantagem, já que na lane o trabalho estava a ser dificultado. Prova desta estratégia sorrateira ocorreu aos 6min, quando aproveitaram a ida do Kyuuga ao top e o facto de a bot lane da FTW ainda estar a vir da base para fazerem o Infernal Drake.
Os Doxa ainda fizeram algumas picks significativas, especialmente quando conseguiram matar o  Hugo “define” Vieira, que jogava de Maokai e era a única front line da FTW ficando o resto da equipa um alvo fácil a abater. Até ao mid game podia dizer-se que a partida estava equilibrada, pelo menos em kills, mas no espaço de menos de um minuto a FTW leva as 2 primeiras torres da partida, distanciando-se dos Doxa em gold. Pouco tempo depois, os Doxa que quase não tinham visão, nem destruído nenhuma torre decidem tentar apanhar o Marcos “Xaky” Letras, que ia a passar no mid. Apesar de o deixarem entre a vida e a morte aquela jogada não lhes trouxe vantagem nenhuma e pode até ter sido a causa da viragem do duelo a favor da FTW, tornando muito difícil aos Doxa voltarem à partida.

Esta jogada despoletou uma série de acontecimentos que foram dando snowball desde kills para os jogadores da FTW, à conquista de objetivos, que vieram a distanciar ainda mais a FTW dos Doxa em gold.
Com apenas o João “BacaCórnio” Bigas e o João “SCUTT” Cunha vivos para defenderem a base a FTW, já com o buff do Baron, não teve grandes dificuldades em destruir tudo o que apareceu à frente e incluindo o Nexus.
O Lee Sin do Kyuuga foi sem dúvida o motor da equipa, sempre a exercer pressão logo no early game e o Maokai do define pura e simplesmente destruía nas team fights e contribuiu bastante para o jogo agressivo que a FTW exerceu ao longo de todo o confronto.
No segundo embate os Doxa trouxeram uma team comp ótima para tirar partido da nova mastery e conseguiram fazer boas picks com a Vi e o Jihn ao longo do mapa, mas quando equipa da FTW se agrupou ganhou um 5v5, devido à maior experiência e melhor comp para 5v5.
As picks não deram vantagem suficiente aos Doxa e estes pagaram caro no mid game conseguindo assim a FTW ser superior a nível de team fights, o que possibilitou aos jogadores avançarem no mapa e levarem o Nexus.

For The Win eSports Club VS Team Alientech

Nesta segunda série tivemos logo uma surpresa durante o champion select com a pick do Ivern, que embora seja uma flex pick e pudesse ir como support, este champion acabou nas mãos do Kyuuga. Como se esta partida já não fosse interessante o suficiente, os jogadores ainda decidem trazer uma lufada de ar fresco nas picks. Restava saber que tipo de estratégia nos reservava a FTW.
Apesar do início calmo, os Alientech decidem aumentar o ritmo fazendo um dive no bot com 4 jogadores, mas a FTW soube ler a jogada inimiga e reagir rápido conseguindo 3 kills para o André “Afm12” Martins e a torre do bot, o que permitiu à FTW ganhar vantagem desde cedo.
Ambas as equipas optaram por comps características do patch 6.22, em que os tanks são muito beneficiados e fulcrais, como já foi mencionado pelos nossos analistas Bombnucker e Rxis, e foi isso mesmo que presenciamos nas team fights existentes neste confronto. As equipas mostraram precisamente estarem a par das alterações e tanto o top como o jungler de ambas as equipas optaram por trazer champions tanks, que quase não sofriam dano nas team fights, transformando-se estas muitas vezes numa medição de forças para ver qual “parede” ruía primeiro. No entanto, e apesar da tankiness, estes não eram meramente front lines, pois conseguiam dar quase um one shot no ADC inimigo, provando mais uma vez que os tanks são um dos pontos altos do patch e as equipas souberam aproveitar bem isso.
Houve boa sinergia entre o Gonçalo “Crusher” Brandão e o Tiago “Aziado Senpai” Rodrigues, o que fez com que a Orianna do Xaky não escalasse muito, mas em contrapartida a FTW trabalhou para feedar a Caytlin do Afm12.
Através desta partida foi possível perceber que a FTW estava melhor preparada e adaptada ao novo patch, tendo tirado proveito de uma comp para o late game com 3 tanks (Maokai, Ivern, Braum), que impediam a LeBlanc do Aziado Senpai de chegar aos carrys inimigos.


A escolha da LeBlanc, um champion que beneficia mais no mid game quando atinge o seu power spike, fez com que a estratégia da comp fosse para acabar a partida rápido, mas a FTW provou que não foi a melhor opção para conseguirem uma vitória, ficando esta então para a FTW.
Na segunda partida, foram os Alientech a começarem com vantagem, conseguindo obter 4 kills aos 14 minutos sem a perda de nenhum membro nas trades.
Infelizmente para os AT, aos poucos a FTW foi ganhando kills nas trades e após a eliminação de dois membros numa team fight no mid aproveitou e fez o Baron levando ainda o Crusher, que tentava roubar o buff, numa viagem até ao cemitério! Com o buff do Baron os jogadores da FTW puxaram o inhibitor do mid e ainda fizeram o Infernal Drake para aumentarem ainda mais a mossa do seu dano.
Os Alientech querendo desesperadamente quebrar a sina de acabarem os eventos em 3º, reúnem forças e focam-se nos objetivos fazendo boas rotações, conseguindo aos poucos ganhar vantagens nas team fights e avançar no mapa, chegando mesmo a destruir o inhibitor do mid da FTW. Apesar do início e mid game promissor para a FTW, aos 34 minutos o futuro parecia mais risonho para o AT, que tinham todas as lanes puxadas a seu favor e ainda conseguiram fazer o Baron! Com paciência os AT conseguiram então abrir o mapa chegando ao Nexus e ficando com a vitória!
A partida decisiva foi equilibrada até aos 20min, pois até essa altura ambas as equipas iam conquistando objetivos e fazendo trades. Contudo, para além da masterie Courage of the Colossus, a comp da FTW estava repleta de shields (Maokai, Ivern, Victor, Karma) e com a barreira que representava o Maokai do define, os Alientech pura e simplesmente não tocaram no Afm12.
Aos poucos a FTW foi conseguindo melhores rotações e aos 32min tinha a top lane de tal modo puxada, que enquanto faziam o Baron e provocavam os AT para o tentarem roubar, esta jogada nada mais passava de uma distração enquanto os minions chegavam ao Nexus inimigo. Mesmo com o Miguel “FearlessS” Santos a tentar defender a base, este não conseguiu travar os minions de destruírem a torre que restava do Nexus e enquanto isso na zona do Baron o Afm12 já tinha conseguido uma Tripple Kill.

Com três membros dos AT mortos a FTW desiste do Baron e vai a toda a velocidade para a base inimiga que tem o Nexus sem proteção! O define usa o TP diretamente para o Nexus e começa a dar dano não havendo qualquer resistência por parte do FearlessS, ou do Aziado Senpai, que sabiam que já nada podiam fazer para salvarem aquela partida e impedirem a For The Win eSports Club de avançar para a final contra os K1ck!

K1ck eSports Club VS For The Win eSports Club

Após um dia repleto de jogos tínhamos chegado finalmente à final! A equipa da FTW conseguiu conquistar o seu lugar neste confronto através das partidas que decorreram ao longo do dia. Restava agora saber se o cansaço acabaria por afetar a performance destes jogadores. Do lado dos K1ck quando os jogadores de cada equipa foram apresentados ficámos então a saber que o mid laner seria o Amadeu “Minitroupax” Carvalho, dando o seu lugar de ADC ao Pedro “Kepe” Ferreira.
A primeira partida foi sendo construída pouco a pouco pelos K1ck, que voltaram a mostrar a estratégia que usaram ao longo do Split de aproveitarem erros do inimigo para capitalizarem a seu favor. Conseguiram ter um bom scaling e apesar da FTW dificultar a aquisição de vantagens por parte dos K1ck, estes não foram pressionados o suficiente e estavam a maior parte do tempo no lado do mapa da FTW. Ao contrário das séries anteriores, o define não conseguiu ser uma ameaça na frontline e os K1ck que estavam a ter uma estratégia de picks, usando o Nautilus e Skarner, mesmo quando caçavam o define esse também marchava e era mais um para o contador de kills da equipa. A equipa dos K1ck apesar das mudanças de plantel a que foi sujeita manteve o bom nível de jogo conseguindo novamente uma vitória. O Minitroupax não deixou os fãs dos K1ck ficarem mal tendo uma boa performance de Ryze com bons combos on the spot e on point e o Kepe provou que mesmo tendo-se ausentado continuava em forma e pronto para ajudar a equipa a vencer.
No segundo embate a FTW usou a sua comp na perfeição. Bons engages na altura certa quer do Kyuuga, quer do João “Joo” Pereira, que teve hooks exímios de Thresh os quais equipa acompanhava e reagia rapidamente convertendo-os em kills.

Houveram bastantes team fights acabando a maioria a favor da FTW e bastante pressão exercida pela mesma nas primeiras torres de cada lane. Os K1ck apresentaram um pouco de receio e cautela na defesa destas torres, pois bastava o Kyuuga aproximar-se e preparar o salto do Zac, que estes preferiam afastar-se permitindo aos adversários levar torres. A FTW nesta partida mostrou-se mais agressiva e eficaz conseguindo superioridade nas team fights e conquista atrás de conquista de objetivos, que pouco a pouco pareciam aproximar cada vez mais a FTW de um feito memorável. Aos 37 min a For The Win garante não só uma vitória, mas a primeira derrota dos K1ck neste 2º Split ficando a apenas 1 partida de poder ser a equipa vencedora destes Playoffs!!!


Há muito tempo que não tínhamos um confronto deste nível como este terceiro, em que ambas as equipas estavam em posição de ganhar e deram o litro até à última gota para conseguirem levar o Nexus! É muito difícil ter de haver um vencedor quando ambas as equipas deram tudo o que tinham para dar e basicamente este confronto não foi a sobre a equipa que jogou pior, mas a que conseguiu superar-se a si mesma e ter aquele extra para alcançar a vitória!
Ao longo da 3ª partida apesar dos K1ck estarem constantemente atrás em kills, mantinham-se ao nível da FTW em gold, ultrapassando por vezes a FTW devido à conquista de torres e objetivos. Os dois fatores mais importantes que contribuíram para os K1ck começarem a ganhar as team fights, foram o posicionamento da Rek’Sai do António “LeChase” Ramalho, que começou a ser mais adiantado para cancelar o salto do Zac do Kyuuga, que a partir desta mudança já não conseguiu executar nenhum salto, e os shields da Karma nos momentos e jogadores certos para se desviarem dos engages do ultimate do Bard do Joo. Foram essas duas formas de engage, que contribuíram para a FTW ganhar as team fights ao início, mas a partir do momento em que os K1ck fizeram o reajustamento de posição começou a ser mais e mais difícil para os jogadores da FTW aproximarem-se do derradeiro objetivo: destruir o Nexus e destituir de uma vez por todas os K1ck do título de vencedores!
Apesar dos esforços da For The Win os K1ck recusaram-se a ceder o seu trono e aos 39’ já com o inhibitor do mid destruído, o Kepe deu um Shut Down com a sua Tristana no Xaky, que estava imparável de Ryse.

Estava a ser um confronto em que quem desse a vida por cada milímetro do jogo estaria um passo mais perto da vitória, estava a ser uma partida de micro conquistas que se bem aproveitadas começavam a construir o pódio.
Aos 42’ os K1ck forçaram a sua entrada pelo bot, conseguiram um Shut Down no Afm12 e ainda levaram o define e o Joo para lhe fazerem companhia na cova e destruíram tudo sedentos por terminarem a partida e consagrarem-se mais uma vez vencedores do Split!

Foi um dia cheio de emoção, jogos espetaculares de assistir, estratégias já adaptadas ao novo patch, com picks inovadoras, como foi o caso o Ivern do Kyuuga, e vimos ainda a FTW a por um fim ao resultado perfeito dos K1ck, que até ao momento se encontravam sem nenhuma derrota em todo o Split, quando os fizeram sangrar na final e perderem um confronto da série.
Os Playoffs da LPLOL terminaram assim com os Doxa Gaming Prime em 4º, Team Alientech em 3º, For The Win eSports Club em 2º e em 1º os K1ck eSports Club.

A LPLOL regressa em dezembro para a Grande Final, que será disputada entre as 4 melhores equipas desta edição!


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