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6 Perguntas para a abertura da 6ª Season da LPLOL. (Parte 2)
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A poucos dias do fim da primavera de 2019 começava o Summer Split, com promessas de calor e uns super GeekCase de verão. Foi uma entrada de herói na primeira divisão para os laranjas, desenhada por Durand e executada por uma equipa pela qual ninguém dava muito naquele início. Não voltaríamos a ver uns GC tão dominantes até aos Relegations uns meses depois, onde claramente eram uma equipa que parecia diferente das restantes que jogava para não descer. Sorte de principiante, talvez. Ou um vislumbre do que poderia ser. Aquele verão de 2019 trouxe-nos a LPLOL mais equilibrada de sempre e, em boa parte, isso é graças aos GeekCase. Vítimas da competitividade que eles próprios acabaram por construir, os GC regressam à LPLOL depois de uma offseason onde estiveram afastados dos rumores e do spotlight. Num ano de 2020 cheio de novos ventos de guerra, o principal objectivo passará, pelo menos, por voltar a trazer aquela promessa de verão e transformar o vislumbre em real. Para Kaxe e Lostboy este é também um ano de afirmação, depois de dois splits de 2019 onde claramente marcaram a diferença, mas não de maneira consistente. Neste sentido, provavelmente não haverá jogadores que espelhem melhor uma equipa do que o midlaner e o adc dos GC

Quando no final do século XIX, o chanceler da Prússia Otto von Bismarck unificava pela primeira vez a Alemanha, com a Prússia como seu principal estado, a Europa via nascer uma das suas maiores potências, graças em parte áquilo que é a Doutrina Prussa. De parte da doutrina prussa, nasce uma reflexão mais aprofundada sobre a mítica frase de Aristóteles “o todo é maior do que a soma das partes”: O Gestalt. A visão de Otto von Bismarck era a de unir os pequenos e frágeis estados alemães num todo que iria marcar a Europa durante séculos por vir. Em retrospetiva, o Gestalt teve várias ramificações negativas para a Europa no século XX, e é um estudo sob uma lupa claramente racista, mas no seu estado filosófico mais puro é uma reflexão ainda hoje tida em consideração nos campos da psicanálise. Que impacto vão ter os SAM neste split é uma questão que está intrinsecamente ligada a algumas reflexões do Gestalt: Se, por um lado, as partes que constituem os SAM são incontestáveis no seu valor, o verdadeiro busílis da questão passa por perceber quanto vale o todo. Esta equipa dos SAM tem soluções a todos os níveis, dos melhores talentos que se podem encontrar no nosso país, e no futuro estes jogadores vão ser campeões nacionais. Mas entre agora e esse futuro há obstáculos e expectativas – internas e externas – que vão testar a coesão destes SAM e as ideias que eles vão construir em conjunto ao longo deste Split e no resto do ano. O verdadeiro teste para os Sam Clan está, não nos seus jogos e resultados, mas neles próprios. 

A última reflexão que deixamos é sobre quem vai ganhar este Split. A FTW é claramente favorita, quanto mais não seja porque é detentora do título. O seu maior problema, à partida, chama-se Eletronik Generation. Os EGN são um clube histórico nos esports em Portugal – particularmente em League of Legends – e aquilo que tem sido a sua evolução ao longo dos anos da LPLOL começa a pedir troféus. No fundo, estão numa posição idêntica à da fénix há dois anos atrás, onde apesar de não terem o favoritismo do seu lado, não estão assim tão longe para se considerar uma vitória das abelhas como surpreendente. Os próprios reforços dos EGN são jogadores que convidam a surpresas: O Slayer, cujo playmaking sempre foi marca na sua carreira, está de volta a Portugal depois de um 2019 mais apagado, enquanto que o Reativo é um jogador que, pela qualidade e playstyle, ganha um jogo quase sozinho. Consistência pode potencialmente ser um problema, mas há claramente fatores que tornam uma vitória dos EGN menos surpreendente e as previsões para este split mais voláteis!


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