A menos de 24 horas do evento mais importante, no que toca a League of Legends, nacional, fomos falar um pouco com alguns dos principais intervenientes que nos irão trazer todo o espetáculo. Num momento, em que as equipas fazem as últimas afinações para na altura sair tudo perfeito, um representante de cada uma das seis equipas libertou algum tempo para falar connosco e responder a algumas perguntas e curiosidades sobre este evento.
Começando por, indiscutivelmente, um dos melhores e mais experientes jogadores em Portugal, o suporte dos K1ck, João “Joo” Pereira, demonstrou bastante confiança na sua equipa, respeitando e realçando sempre o valor de todas as equipas em competição. Sobre a preparação para esta competição, o Joo referiu que, a preparação da sua equipa é igual para todos os torneios, tentando sempre praticar o máximo possível, mas que para esta final foi ainda maior por causa das alterações de meta que o novo patch acabou por trazer. Apesar disto, o suporte dos K1ck acabou por revelar uma das maiores dificuldades que tiveram na sua preparação: “À medida que o torneio se aproxima tentamos subir o nível das equipas contra quem treinamos, contudo neste período a maioria das equipas da europa estão de férias e tem sido difícil arranjar scrims, por isso não podemos ser tão exigentes a esse nível”. Quando questionado sobre qual a equipa estará mais forte, tirando a sua obviamente, e as suas expectativas para os jogos, a resposta é perentória: “Sinceramente acho que qualquer equipa pode dar-nos dificuldades mas se tivesse que dizer alguma, talvez a FTW porque sempre foram um adversário difícil e os UP que apesar de estarem no poço em termos de resultados têm bons jogadores e picks off meta que podem sempre ser um problema”. Por último, o antigo jogador dos Giants, admite a pressão existente sobre a sua equipa, mas considera que isso até é bom e que nunca notou que esse fosse um fator que os afetasse, e assim, está confiante que vão ganhar.
De um excelente suporte, para outro grande talento na mesma posição, Nuno “Slayer” Moutinho, que também revelou que a preparação para a Grande Final acaba por ser muito idêntica com os outros torneios e que não acha que os maus resultados obtidos foram consequência dessa preparação e treinos: “Acaba por ser um bocado ingrato termos tantos maus resultados após tanto trabalho em equipa, mas se falhamos nos momentos importantes e se a equipa inimiga consegue ser superior nesses jogos, não consigo dizer que é injusto”. O suporte da equipa dos Grow UP, quando questionado sobre a equipa que pode causar mais problemas à sua, responde que são os Sharks pois considera que esta equipa está a jogar muito bem e porque esse é o seu próximo jogo e que o pensamento tem que ser jogo a jogo, até porque, sua opinião, todas as equipas poderão colocar dificuldades, e todas elas obstáculos diferentes pelas identidades variadas. No jogo contra os Sharks, o antigo suporte dos K1ck e dos White Dragons, diz, até, que não considera a sua equipa favorita, realçando exatamente o facto de eles estarem a jogar muito bem. Por fim, não podíamos deixar de perguntar ao Slayer a sua opinião sobre as picks totalmente imprevisíveis dos Grow UP na botlane, que tanto têm sido faladas, ao que ele deixa bem claro que: “Acho que estas picks favorecem a nossa equipa, visto que os jogadores não estão habituados a jogar contra certos champions, o que faz com que alguns deles sejam banidos, o que é bom visto que estás a ganhar bans e a libertar outros champions”.
Outra das equipas mais fortes em competição, é a equipa da For The Win, e para perceber melhor como está a equipa fomos falar com o Tiago “Frozen” Tavares, um dos melhores toplaners portugueses e que espera repetir o triunfo do segundo Split. O antigo jogador dos Electronik Generation, quis deixar bem claro que durante as finais do Open Split a equipa nunca esteve em baixo, considerando que os dois jogos que perderam foram demérito próprio, sendo que no primeiro “eu e o Seven decidimos, de mãos dadas dar int”, e no segundo usaram o ultimate do Ryze para acabar o jogo, tendo corrido mal e comparando esta situação a um jogador de futebol que falha de baliza aberta. Para este torneio, Frozen considera que a equipa está mais coesa e muito ansiosa por ganhar e quando questionado sobre a equipa mais forte presente nos quartos-de-final, ele considera que serão os Sharks e os Grow UP, no entanto, acha que são equipas que já demonstraram problemas de confiança em eventos ao vivo. A nossa curiosidade foi ainda mais longe, e questionamos o Frozen sobre qual equipa gostaria de enfrentar na final, sendo que, ficamos a saber que ele espera jogar contra os K1ck, “mas gostava de jogar contra os Sharks para vingar a derrota do 3º e 4º lugar, e para poder fazer o meu 1v1 com o Dragão para lhe poder ensinar (pela segunda vez) como se joga LoL”. Antes de terminar esta agradável conversa com o Frozen, decidimos relembrar-lhe que esta já era a segunda Grande Final que ele jogava e que na primeira tinha jogado apenas Maokai e Jayce. E se nesta Grande Final, exatamente um ano depois, só pudesse jogar de um desses champions o torneio todo? Pois bem, a resposta é imperdível: “O meu coração diz-me Jayce mas a minha bot lane diz Maokai. A última coisa que eu quero é ir 0-6 de jayce e ver o Plasma a olhar para mim com cara de mau, tendo em conta,que, vou dormir num raio de 20m dele, sinto que ia ser a minha última noite de sono. Adoro o Maokai, ele é o champion mais forte do jogo, o meu ambiente de trabalho é a imagem do Maokai e só não jogo mais com ele porque o meu coach não deixa.” Uma resposta bem disposta, a uma pergunta também ela bem disposta, que relembra a passagem do Frozen pelos EGN, que culminou nessa derrota por 2-0 frente aos Doxa na Grande Final do ano passado.
Representando a equipa dos Sharks, falamos também com o seu treinador, Rúben “Murloc” Rodrigues que nos falou de alguns pontos importantes sobre a Grande Final. O experiente treinador considera que o talento e experiência do Dragão irão falar por si mesmos e que o Own3r traz um estilo de jungle mais agressivo, algo que beneficia a equipa principalmente no early game. Sem querer denunciar a sua estratégia, o treinador dos Sharks reconheceu que o patch trouxe pequenas alterações na forma de jogar o jogo em termos de macro, considerando que o novo champion, a Neeko, parece ser muito forte e deixa a questão no ar: “quem sabe não sai daí uma surpresa”. Atribuindo o favoritismo do jogo à sua equipa, espera jogos muito renhidos por ambas as partes e deseja que ganhe a melhor equipa. Sobre o confronto contra os Grow Up acrescenta ainda que esta é uma equipa que está junta já há um bom tempo e que apresenta um roster com jogadores muito fortes individualmente sendo que considera que a sua maior arma serão as flex e cheese picks que podem apanhar qualquer um desprevenido.
Na equipa Electronik Generation foi o capitão João “Mantorras” Conceição que admitiu que o objetivo mínimo é sempre manter o 3º lugar, mas que agora o próximo é ir mais além que o 3º lugar conquistado. Um dos mais experientes suportes portugueses, confessou que o período de adaptação foi mais longo mas que já encontraram a sua filosofia de jogo e que a preparação para esta Grande Final foi de acordo com ela e que agora vão demonstrar o fruto deste trabalho. Quanto à final que desejaria, deixou bem claro, que seria contra a For The Win porque acha que o destino e o karma influenciam o futuro e que no final a justiça prevalece. Revela que não existe adversário mais difícil e que existem sim adversários a serem respeitados em todos os momentos do jogo. Por fim, considera que individualidades não interessam, pois no final ganha sempre a melhor equipa.
O último jogador com quem conversamos foi o mais recente reforço dos Doxa, Filipe “Dizzy” António, que deixou desde logo bem claro que todos podem esperar uma equipa ainda mais sólida ainda e com uma vontade enorme de ganhar. Não atribuindo favoritismos, porque pensa que existem rosters sólidos e que se vai resumir à equipa que jogar melhor no conjunto, refere que o objetivo dos Doxa será vencer jogo a jogo. Sobre a sua entrada na equipa diz que: “o que vim adicionar a este roster foi essencialmente solidificar a coesão já existente dentro do grupo”. Em relação à comparação inevitável com o Pyton, considera que ambos são jogadores sólidos em champions diferentes, o que traz uma maior dinâmica à role.