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Confissões de um ADC extremamente perigoso!
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Nunca desistir! É esse o principal lema que muitos prós afirmam ser a chave para o sucesso neste jogo, que entrou nas nossas vidas para ficar imprimindo em muitos de nós inúmeras memórias, que nos vão acompanhar talvez o resto da vida.
Desmistificar o que está por detrás do Rift nunca é tarefa fácil. O universo de League of Legends é vasto e intrínseco, com diversas variantes, que afetam fatores desde a jogabilidade até à forma como escalamos a ladder. Desta feita, convidámos o já estabelecido Amadeu ‘’Minitroupax’’ Carvalho para desvendar alguns dos segredos para o sucesso neste jogo, revelar o que está por trás de um ADC de elite e falar um pouco aos fãs da sua receita milagrosa!

Quando começaste a jogar League of Legends, fazias alguma ideia do percurso que tinhas à tua frente e que te virias a tornar num talento tão promissor, diga-se mesmo numa lenda dos ADC da LPLOL?

Quando comecei no League of Legends era jogador de consola ps4, ps3 e até ps2 na altura; isso era clássico, e quando comecei no LoL foi algo bastante diferente para mim. Basicamente gostei tanto que fui crescendo aos poucos! No início era mesmo só por prazer, depois quando chegou a Season 2/Season 3 e foi nessa altura que me comecei a aperceber de que podia fazer algo mais do que simplesmente divertir-me com o videojogo. Por causa deste jogo cresci imenso durante os primeiros 2/3 anos e foi a partir daí que comecei a ver que podia fazer algo mais além jogar por prazer e tentar mesmo algo sério.

Com as metas em constante evolução, o jogo hoje em dia requer especializações muito particulares. Quando e como é que percebeste que ADC era a posição certa para ti?

Fui variando o role durante o percurso, no início não tinha role, jogava por jogar. Na Season 2 fui top laner e gostava muito dessa lane, pois era uma posição bastante diferente e singular, na Season 3 fui mid laner, mas foi no fim da Season 4 que me apercebi que uma boa quantidade de pessoas, que me viam jogar no mid, me perguntavam porque eu não tentava jogar mais de AD Carry, pois parecia ter jeito para isso, e então tentei. Só joguei ADC durante um mês e as pessoas, assim como eu, gostaram imenso. Foi a partir daí que decidi: ‘’Vou ficar nesta posição! Vou tentar ser o melhor neste role!’’

Num jogo em que escalar a ’’ladder’’ não é fácil, e que acima de tudo requer muita prática, na tua opinião, quais as características chave de um ADC?

Neste momento penso que ADC não é o melhor role para subir na ladder, sinceramente acho que é mid lane e jungle, porque têm mais impacto do que o ADC, sobretudo por causa dos bans, dos champions e da meta. Penso que a mid lane e jungle estão bastante mais fortes que o role de ADC, pois é uma posição em que precisas de 2, ou 3 itens para começares a ser relevante para o jogo e muitas vezes, se estás sozinho a jogar solo queue na bot lane já perdeste o jogo e não tens praticamente controlo sobre isso. O que acho essencial para ser um verdadeiro ADC e subir é ter bastante experiência. ADC é um role que embora não pareça, se dás um ‘’miss click’’ numa team fight podes morrer. Os ADC são muitos squishies, não têm vida nenhuma, nem persistência. Além da experiência tens que saber jogar passivo e quando dar o ‘’trigger’’, por exemplo saber quando podes trocar 1 por 1 se o inimigo estiver muito feedado, quando podes dar um ‘’one shot’’ em alguém, porque tens o maior DPS no late game, quando tens de ficar à espera da tua oportunidade, ou bater na front line do adversário, acho que esses são os fatores cruciais.

Em que consiste a preparação de um ADC e quais os principais aspetos a focar no treino de forma a manter um nível altamente competitivo?

Acho que a primeira coisa a fazer com esta meta é ter em atenção a laning phase. É bastante importante se ficas à frente ou atrás nesta fase. O ideal é ficar à frente, mas no mínimo deves ficar em pé de igualdade. Nunca é propriamente permitido ficar para trás, ou seja a laning phase é algo se tem de melhorar bastante e depois disso, é sobretudo o posicionamento e a posição que tens de ocupar na tua equipa, por exemplo quando avanças a torre no bot precisas de rodar para o top e precisas de chamar o jungler e o support, senão ficas sozinho contra o top laner adversário e vais morrer. Outro exemplo possível é quando estás a usar uma tática de 1, 3, 1, em que também precisas bastante do teu support e do jungler, porque o ADC é bastante imóbil e precisa bastante do apoio da equipa, mas se estiver rodeado de várias pessoas torna-se numa das maiores ameaças possíveis.

Entrar no Rift com a camisola dos K1ck e representar uma equipa com ambições de chegar à LCS traduz-se certamente num jogo focado em objetivos, quais os objetivos que definem as vitórias no Rift?

Na minha opinião, o principal do League of Legends é nunca desistir! Porquê? Porque é possível para dar a volta até mesmo ao pior jogo de sempre, portanto o principal é não desistir e estar sempre focado em quais são os principais objetivos para criar as condições necessárias para ganhar. Isso é algo que muda bastante ao longo dos jogos e depende muito dos drafts entre as 2 equipas. Os objetivos são sempre os mesmos, controlar o jogo desde o início, dar um snowball, que consiga quebrar o jogo a partir de um certo minuto, e dar aquele “POP” pelo qual os K1ck são tão conhecidos, em que basicamente se matam um adversário, forçam a fight, ou o objetivo e viram o jogo completamente a seu favor, acho que este último é o objetivo mais comum com os K1ck.

Diversos ADC partilham características semelhantes, no entanto a jogabilidade e adaptação à meta diferem de maneiras astronómicas. Quais os champs mais produtivos para esta posição?

Os melhores champions nesta meta são os lane bullies com scaling, como por exemplo os mais jogados até agora que são: Jhin, Ezreal e Caitlyn, pois são os 3 bastante bons na lane, têm bom scaling e além disso têm uma certa mobilidade e utilidade para a equipa. Ashe também já aparece um pouco e de vez em quando aparece alguma pick algo estranha, mas o padrão não muda muito. Nesta meta o que mais importa é a laning phase, pois os ADC que não consigam ter um matchup ideal, estão fora da lista de picks, de maneira que na meta de AD Carries há uma diversidade restrita.

A itemização em situações de alta competição requer uma atenção especial, quais os caminhos mais competitivos e em que situações devem ser utilizados?

A itemização muda bastante, sobretudo dependendo da equipa adversária, mas o que define e faz a diferença entre o bom jogador, do jogador de elite é a ordem em que se vai fazer a itemização, por exemplo quando estás a jogar com um AD Carry se ao fazeres uma Infinity, ou começas com a BF, ou com a Pickaxe e depois acabas com attack speed e só então fechas a Infinity Edge. Pequenos pormenores como este podem fazer bastante diferença, mas isso só podes saber dependendo de como está a correr o jogo, do que a tua equipa precisa e dos power spikes, que vão precisar como equipa para os diversos momentos do jogo.

A base de fãs dos K1ck e da LPLOL está em constante crescimento, que conselhos deixas aos jogadores Portugueses para que possam um dia quem sabe pisar o Rift como prós e tentarem deixarem a sua marca na LPLOL?

Sinceramente o mais importante de tudo é mesmo não desistir! Se alguém tem um sonho de chegar até à LPLOL, ou competir na Challenger Series, como é óbvio nem todas as pessoas podem, só quem se esforça realmente é que consegue. Eu não acredito que existam pessoas que tenham talento natural para isto, simplesmente acredito que há pessoas com mais facilidades que outras, mas aquelas que realmente atingem esses objetivos são os jogadores que realmente se esforçam para tal, simplesmente porque se esforçam o suficiente para conseguirem chegar mais além e tenho a certeza que se seguirem estes conselhos irão sem dúvida deixar a sua marca.

Qual foi o loading screen mais hilariante de sempre?

O loading screen mais hilariante com a equipa dos K1ck, foi provavelmente quando estávamos a jogar contra os ‘’Pain’’, em que eu basicamente para descontrair e relaxar comecei a cantar Henrique Iglésias. Foi um bom momento!

Chegados ao fim desta entrevista, aprendemos que na alma dos prós Portugueses acima de tudo paira uma vontade de não desistir, de aprender e conhecer o jogo e que ainda que seja musicalmente na brincadeira, ou com uma postura seriamente concentrada esperamos ter dado a todos vós material para refletirem antes, durante e depois das vossas incursões ao Rift!

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